33. STINKY & CHEAT
Com tudo a acontecer não tive tempo de fazer o meu pequeno relatório sobre o concerto da Madonna. Também pouco foi o tempo que tive para andar à procura do que dele se escreveu. Mas, finalmente, hoje, consegui para em frente ao computador sem ter de pensar em mais nada. E ao ver as novidades dos blogues deparei-me com a crítica do Graduated Fool. Bom, que eu fui ao concerto já se percebeu. O meu lugar era bom, consegui ver tudo sem uma única cabeça à frente e pude cantar, dançar, saltar e divertir-me bastante. Para quem não sabe eu sou um grande admirador do trabalho d'Ela contudo não me considero um fã fanático, apesar de que quem entrar na minha casa se depare em qualquer divisão com algo relacionado com Ela. Eu vejo a Madonna como uma grande explosão artística que muitas vezes consegue atingir a perfeição, mas como em tudo na vida não podemos esperar sempre pela perfeição... e como transcrevi no meu ultimo post - a perfeição dura um instante.
É claro que espectáculos (porque não considero que o que a Madonna faz em palco seja um concerto) como os da Madonna não se fazem muitos por aí. E Ela é, sem dúvida, a melhor dentro do género. Mas em muitas coisas vou ter de discordar da opinião efusiva do Graduated Fool. É claro que ninguém tem o direito de pedir a quem quer que seja que esteja sempre no auge da carreira. Eu, enquanto Designer de Moda, sei que em algumas colecções alcançarei um grau de perfeccionismo, mas que em outras vou deixar muito a desejar. Nem sempre teremos o melhor produto nas mãos. Mas o mundo é uma máquina que não pode parar e por isso acabamos por ter de apresentar trabalho que por vezes não estão assim tão bons. É triste, mas há contas para pagar.
Efectivamente "Hard Candy" esteve longe de ser um bom álbum e "Stiky & Sweet" esteve longe de ser um bom espectáculo. E não é por ser a Madonna, que adoro incondicionalmente, que vou louvar tudo o que faz. Como com qualquer outro artista já vi muito bons e muito maus espectáculos do mesmo. O que senti neste espectáculo foi "vejam como eu com 50 anos consigo saltar e cantar sem parar". Ninguém lhe pediu nada... ninguém queria saber se ele saltava à corda e cantava ao mesmo tempo. Enquanto espectador peço apenas que vibre com o que vejo, seja um espectáculo com coreografias, seja um concerto onde o cantor limita-se a estar sentado ao piano - como o último que vi da Diamanda Galás. Mas acima de tudo tem de mexer.
Houve muitos bons momentos no espectáculo. Diria até mesmo momentos perfeitos. Refiro "La Isla Bonita" - uma das minhas músicas favoritas - que foi simplesmente brilhante, o "Vogue" que mais uma vez foi brilhantemente reinventado, "The Devil wouldn't recognize you" de uma beleza extrema onde o video e o real se fundiram de forma perfeita, "You must love me" de uma serenidade e intensidade "desgastante" e o pequeno momento especial onde pude erguer a minha voz e cantar o "express yourself" outra das músicas que sempre me tocou muito.
À parte destes momentos maravilhosos achei o resto do concerto mediano. As coreografias não foram por aí além, as roupas não me excitaram muito, e houve mesmo momentos que me aborreceram um pouco. A cena dos lutadores de boxe... enfim... relembro o Girlie Show com "The Beast Within". E com isto não estou a dizer que ela deva repetir algo, apenas refiro que algo mais grandioso a menina já fez. Talvez já tenha visto tanta coisa que por vezes fique difícil achar outras coisas muito boas. E não vamos desculpar as coisas por ela ter 50 anos. Há tanta coisa boa que se pode fazer até com 80. É preciso apenas encontrar aquilo que nos encaixa melhor. Nem sempre se pode ser o melhor.
Mas resumindo, foi um bom momento, com picos de perfeição. Mas muito longe de atingir espectáculos anteriores. Relembro que no Girlie Show - um que para mim é dos melhores espectáculos d'Ela - não existiam vídeos, não existiam grandes produções ao nível de luzes e ela tinha 35 anos e não precisou de saltar nem metade. E se o espectáculo fosse feito hoje estaria plenamente coerente. Mas como é sempre bom ver a Madonna, porque apesar deste espectáculo, para mim, não chegar perto dos seus outros, Ela consegue estar acima de todos os outros artistas. Fico então em pulgas por saber o que vem a seguir e, como é óbvio, estarei lá.
É claro que espectáculos (porque não considero que o que a Madonna faz em palco seja um concerto) como os da Madonna não se fazem muitos por aí. E Ela é, sem dúvida, a melhor dentro do género. Mas em muitas coisas vou ter de discordar da opinião efusiva do Graduated Fool. É claro que ninguém tem o direito de pedir a quem quer que seja que esteja sempre no auge da carreira. Eu, enquanto Designer de Moda, sei que em algumas colecções alcançarei um grau de perfeccionismo, mas que em outras vou deixar muito a desejar. Nem sempre teremos o melhor produto nas mãos. Mas o mundo é uma máquina que não pode parar e por isso acabamos por ter de apresentar trabalho que por vezes não estão assim tão bons. É triste, mas há contas para pagar.
Efectivamente "Hard Candy" esteve longe de ser um bom álbum e "Stiky & Sweet" esteve longe de ser um bom espectáculo. E não é por ser a Madonna, que adoro incondicionalmente, que vou louvar tudo o que faz. Como com qualquer outro artista já vi muito bons e muito maus espectáculos do mesmo. O que senti neste espectáculo foi "vejam como eu com 50 anos consigo saltar e cantar sem parar". Ninguém lhe pediu nada... ninguém queria saber se ele saltava à corda e cantava ao mesmo tempo. Enquanto espectador peço apenas que vibre com o que vejo, seja um espectáculo com coreografias, seja um concerto onde o cantor limita-se a estar sentado ao piano - como o último que vi da Diamanda Galás. Mas acima de tudo tem de mexer.
Houve muitos bons momentos no espectáculo. Diria até mesmo momentos perfeitos. Refiro "La Isla Bonita" - uma das minhas músicas favoritas - que foi simplesmente brilhante, o "Vogue" que mais uma vez foi brilhantemente reinventado, "The Devil wouldn't recognize you" de uma beleza extrema onde o video e o real se fundiram de forma perfeita, "You must love me" de uma serenidade e intensidade "desgastante" e o pequeno momento especial onde pude erguer a minha voz e cantar o "express yourself" outra das músicas que sempre me tocou muito.
À parte destes momentos maravilhosos achei o resto do concerto mediano. As coreografias não foram por aí além, as roupas não me excitaram muito, e houve mesmo momentos que me aborreceram um pouco. A cena dos lutadores de boxe... enfim... relembro o Girlie Show com "The Beast Within". E com isto não estou a dizer que ela deva repetir algo, apenas refiro que algo mais grandioso a menina já fez. Talvez já tenha visto tanta coisa que por vezes fique difícil achar outras coisas muito boas. E não vamos desculpar as coisas por ela ter 50 anos. Há tanta coisa boa que se pode fazer até com 80. É preciso apenas encontrar aquilo que nos encaixa melhor. Nem sempre se pode ser o melhor.
Mas resumindo, foi um bom momento, com picos de perfeição. Mas muito longe de atingir espectáculos anteriores. Relembro que no Girlie Show - um que para mim é dos melhores espectáculos d'Ela - não existiam vídeos, não existiam grandes produções ao nível de luzes e ela tinha 35 anos e não precisou de saltar nem metade. E se o espectáculo fosse feito hoje estaria plenamente coerente. Mas como é sempre bom ver a Madonna, porque apesar deste espectáculo, para mim, não chegar perto dos seus outros, Ela consegue estar acima de todos os outros artistas. Fico então em pulgas por saber o que vem a seguir e, como é óbvio, estarei lá.